Quanto mais restauramos, mais aprendemos sobre as espécies que utilizamos em nossos projetos. Ambos os biomas em que trabalhamos (Amazônia e Cerrado) têm uma das taxa mais altas do mundo de biodiversidade de árvores. Portanto, é de total interesse do nosso projeto que tentemos conservar o maior número possível de espécies. O processo de inclusão de uma nova espécie em nosso portfólio começa com uma observação cuidadosa da árvore em seu habitat natural. Após estas observações e com base em seus resultados, coletamos as sementes correspondentes e montamos um viveiro de experimentação com elas. Estes testes tornarão possível determinar as taxas de germinação e crescimento inicial das mudas.
Um outro experimento é então realizado no campo para determinar se a espécie é mais útil para reconstruir a estrutura da floresta ou se ela irá compor a biodiversidade mais tarde. A experimentação também nos dirá se esta espécie pode ser utilizada em outras técnicas, tais como o plantio direto.
Desde 2018, nosso portfólio principal é composto de 42 espécies diferentes de árvores. Na última estação chuvosa, porém, conseguimos acrescentar 11 novas espécies a este portfólio. Um exemplo muito bom é o pequizeiro (Caryocar brasiliense), uma espécie muito importante nativa do Cerrado e das franjas da Amazônia. No passado, as dificuldades no cultivo nos impediram de utilizá-lo em nossos projetos. Agora, no entanto, elaboramos estratégias para superar os desafios e levá-lo a mais e mais locais de restauração. Este aumento de espécies ajudará a aumentar o impacto e a qualidade de nossos projetos de restauração, e permitirá que ainda mais espécies sejam restauradas nos biomas da Amazônia e do Cerrado!